10 maio 2013

Governo dará auxílio financeiro para estudantes de baixa renda.


Foi lançado na tarde desta quinta-feira, 9, no Ministério da Educação, o Programa Nacional de Bolsa-Permanência, ação de auxílio financeiro para estudantes de baixa renda das instituições federais de ensino superior. O cadastramento de instituições e universidades no programa poderá ser feito a partir da segunda-feira, 13.
A bolsa-permanência será concedida aos estudantes que atendam os critérios para a política de cotas, estejam matriculados em cursos com carga horária maior que cinco horas diárias e que tenham renda per capta familiar mensal de até 1,5 salários mínimos. O valor da bolsa é de R$ 400,00; será paga por meio do Banco do Brasil.
O programa também atenderá indígenas aldeados, que vivem em comunidades tradicionais indígenas reconhecidas, e os quilombolas matriculados em universidades federais. Esses estudantes receberão R$ 900,00 de apoio financeiro, independente do curso.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a assistência estudantil é um investimento necessário para o desenvolvimento do país. “Se a pobreza começa no berço e na família, a superação da desigualdade está na democratização da educação de qualidade, que dê as mesmas oportunidades para todos”, disse o ministro. “O grande desafio da política de inclusão no ensino superior é combinar inclusão social com excelência acadêmica”, concluiu.
Entre os beneficiados com a nova bolsa está o estudante de engenharia florestal Poran Potiguara. Natural da Paraíba, o aluno da Universidade de Brasília (UnB) saiu de sua aldeia para buscar educação superior.
O jovem destaca que os estudantes indígenas sentem as diferenças da vida na aldeia e nas cidades. “A primeira dificuldade é a adaptação, a universidade tem um modelo elitista e você se sente desprotegido fora de sua origem. A segunda dificuldade é a do conhecimento, não que o indígena não tenha capacidade, mas sofremos o mesmo que todos os estudantes de escolas públicas”, disse.
Segundo Poran, o programa lançado nesta quinta-feira é a continuação das conquistas dos indígenas pela educação superior, as primeiras foram as ações de ampliação do acesso como as cotas e os convênios. “O mais difícil é a permanência, com o modelo que temos hoje, nós temos gastos com livros, alimentação, moradia e transporte. Essa bolsa vem nos auxiliar porque algumas vezes você não vem para as aulas porque tem que escolher entre o transporte ou o que comer”, afirmou o estudante.
Ao fim da cerimônia de lançamento, os estudantes indígenas presentes realizaram o Toré, dança tradicional para ocasiões importantes nas vidas dos índigenas, como luto, celebrações, homenagens. “Fizemos o Toré em agradecimento a essa conquista”, concluiu Poran.

Fonte: Portal MEC




08 maio 2013

Inscrições do ENEM 2013


A edição 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizada em 26 e 27 de outubro. A inscrição deverá ser feita de 13 a 27 de maio. O prazo final para o pagamento da inscrição de R$ 35 é 29 de maio. O edital com todas as informações do Enem será publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 9.
No primeiro dia de aplicação do Enem, os candidatos farão questões de ciências humanas e ciências da natureza. No segundo dia de provas, serão aplicadas as questões de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática.
Entre as mudanças no edital 2013, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou mais rigor na correção das redações. Este ano, a discrepância entre as notas dos dois corretores independentes não pode ultrapassar 100 pontos – no ano passado, a discrepância era de 200 pontos. Se houver discrepância maior de 100 pontos, a redação passa por um terceiro corretor. Caso a discrepância permaneça, a correção é feita por uma banca de especialistas.
A estimativa do Ministério da Educação é de que, com esta alteração no processo de correção, uma em cada três redações sejam encaminhadas ao terceiro corretor.
“A avaliação nossa é que foi muito positivo o êxito que tivemos. Mesmo assim a gente aprende. A vista pedagógica das redações é exatamente para ter um debate e aprimoramento do processo”, salientou o ministro. Segundo ele, os corretores também receberão aprimoramento no treinamento.
A partir desta edição também está prevista a anulação das redações que apresentem partes do texto deliberadamente desconectadas com o tema proposto. A mudança está prevista com a inclusão do item 14.9.5 no edital do Enem.
As redações são corrigidas com base em cinco competências, que valem de zero a 200 pontos. Redações com discrepâncias maiores que 80 pontos entre as competências também são corrigidas por um terceiro corretor. O novo edital do Enem prevê maior exigência no nível cinco da competência I – demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita. Desvios gramaticais ou de convenções de escrita serão aceitos como excepcionalidade e quando não caracterizarem reincidência.
Logística – A previsão do MEC é de que mais de 6 milhões de pessoas façam o Enem este ano. A prova será realizada em 1.632 municípios brasileiros, em 15 mil locais de aplicação. A aplicação envolverá 600 mil profissionais, entre coordenadores, chefes de sala, fiscais e apoio. Este ano, o processo de certificação do Enem contará com 3.622 pontos de atenção.
Entre as melhorias desta edição do Enem, o MEC vai oferecer atendimento telefônico para todos os participantes que solicitarem atendimento específico e diferenciado.

Fonte: Portal MEC